Sempre que um paciente chega ao meu consultório desejando realizar um procedimento cirúrgico, seja ele qual for, a minha primeira preocupação é saber o quanto a cirurgia poderá contribuir para a sua qualidade de vida. 

Cada indivíduo tem que procurar aquilo que, dentro da sua realidade, pode lhe trazer bem-estar, seja no aspecto mental ou físico. Ele jamais deve se ser levado pela busca estimulada pelos padrões impostos na nossa sociedade, que pregam o belo a qualquer custo. 

Por isso, procuro avaliar, primeiramente, o que existe por trás da busca pelo belo, no intuito de tentar elevar a autoestima do paciente, pois muitas vezes este é o primeiro passo para que ele compreenda se há uma real necessidade da cirurgia. Assim, se houver, juntos nós poderemos atingir as sonhadas expectativas. 

Entendo que a responsabilidade do cirurgião plástico é enorme, pois lidamos com um ser humano que pensa, tem sentimentos e sonhos. Exatamente por isso não abro mão do contato com meu paciente. Só a interação entre médico e paciente é capaz de oferecer respostas para as dúvidas que surgem no decorrer do processo, onde vai do desejo de se submeter a uma cirurgia plástica a como será o resultado final.

Só se conquista a qualidade de vida por meio de uma combinação de fatores externos e internos, que tem na autoestima um de seus ingredientes mais importantes. E nós, profissionais da área de saúde, temos o dever de orientar nossos pacientes sobre isso. 

Por Dr. Samuel Orige - CRM/SC 17902

Especialista pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica 

www.samuelorige.com.br