Jovens catarinenses são destaque em inovação

Jonatas Pavei, Gabriel Paim e Lucas Neves levam prêmio FAPESC

A InPulse recebeu nessa segunda-feira (21), o Prêmio Professor Caspar Erich Stemmer de Inovação Catarinense. Também recebeu o troféu das mãos do governador Raimundo Colombo e de Sergio Gargioni, presidente da FAPESC (Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina). Esta é a 6ª edição do Prêmio, que já contemplou 58 pesquisadores (protagonistas da inovação), empresas e instituições, com valores superiores a R{%,38 milhão.

A segunda colocação ficou com a InPulse, por causa do InCardio – ECG Veterinário, que funciona por meio da telemedicina, permitindo o diagnóstico a distância e facilitando o acesso a exames especializados dos pacientes. O equipamento integra os laudos ao software e ao aplicativo pela internet, aproximando as clínicas veterinárias dos especialistas. “Uma clínica de uma cidade no interior onde não exista um profissional qualificado em cardiologia veterinária pode, pela internet, enviar dados adquiridos do paciente para uma central de telemedicina, onde um cardiologista interpreta o exame e a gera o laudo. Por fim, o laudo é enviado para o veterinário que o solicitou e para o tutor do paciente”, explica Jonatas Pavei, diretor comercial da empresa que já recebeu recursos da FAPESC, por meio do programa Sinapse da Inovação. Sobre isso, também falou o diretor-técnico, Gabriel Veloso Paim.

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Startup cria aparelho que promete inibir apetite e acabar com obesidade

São Paulo - Um aparelho criado por ex-alunos do mestrado em Engenharia de Controle de Automação da Universidade Federal de Santa catrina (UFSC) promete inibir o apetite e acabar com a obesidade. Batizado de PnPulse, o eletroestimulador gástrico, uma espécie de marca-passo, é implantado em duas peças, uma sob a pele e outra no estômago, e libera hormônios responsáveis pela saciedade quando o alimento é ingerido.

 

O dispositivo foi desenvolvido em 2010 por Jonatas Pavei, Gabriel Veloso Paim e Lucas Neves, sócios na InPulse. Chamou a atenção de investidores internacionais após uma feira do setor biomédico no Vale do Silício, Califórnia, em 2013, mas não chegou a receber aporte na ocasião. O projeto, porém, ganhou duas categorias de subvenção econômica da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc), totalizando um aporte de R$ 300 mil para desenvolvimento, sem considerar os investimentos próprios.

 

O protótipo ainda não está pronto para comercialização, mas começou a ser testado em porcos. “Já realizamos os testes de segurança e os hormonais. Todos foram bem-sucedidos, mas ainda precisamos cumprir mais etapas pré-clínicas para dar embasamento à nossa pesquisa”, diz Pavei. A startup pretende começar os testes clínicos e cumprir as etapas de segurança determinadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no começo de 2016.

 

O implante seria feito por videolaparoscopia. São duas peças: um eletrodo alojado no estômago e o aparelho, que é implantado sob a pele na região do abdômen. Para os testes em animais, o tamanho do dispositivo ficou em torno de 7 cm. Segundo Pavei, a versão para uso humano será reduzida, mas ainda não é possível mensurar com precisão o tamanho final.

A expectativa dos sócios é começar a comercialização no fim de 2018, com preço final para o consumidor estimado entre R$ 12 mil e R$ 15 mil.

 

Segundo Pavei, a tecnologia é cara, mas a estimativa é que o valor abaixe consideravelmente com a produção em larga escala.  “Estamos em constante conversa com investidores do Brasil e do exterior e não descartamos a possibilidade de fabricar em um terceiro”, diz.

 

“Os estudos realizados indicaram uma redução de 50% do sobrepeso em um ano”, afirma. Para ele, apesar de ser um processo lento, é menos invasivo e mais barato do que uma cirurgia bariátrica e garante resultados similares, além da possibilidade de reversão do tratamento.

 

Problemas de obesidade e sobrepeso atingem cerca de 2,1 bilhões de pessoas no mundo, o que corresponde a 30% da população. O Brasil está na lista dos dez países com maior número de pessoas nessa categoria. Os dados são da pesquisa Global Burden of Disease, publicada na revista The Lancet.

 

Fonte: www.inpulse.vet.br

 

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