É preciso ter coragem

Exercer a criatividade pode ser mais complicado do que aparenta

Inspira profundamente e quando exalar o ar, voilá, você terá a solução para todo e qualquer problema. É praticamente mágica. Não requer esforço, prática, nem habilidade...Tem muita gente que acredita que o ato criativo é isso. Simples, fácil como um estalar de dedos. Para um tanto desta muita gente, quase sem valor porque, afinal, demandou um tempo exíguo e uma profunda inspiração, nada mais. Sem desmerecer os benefícios que a oxigenação que a prática de uma boa respirada proporciona às pessoas, o ato criativo vai além.

Criar exige repertório. E isso não tem a ver com experiências gigantescas. Até o ato mais prosaico de ir a esquina comprar pão pode trazer um insight, quando existe observação. É preciso atenção e pesquisa. O ato de escrever, por exemplo, tem muito disso, as ideias brotam a partir do que se vê na vida, ditas com a voz do autor. Quanto mais o repertório se ampliar, mais fértil tende a ficar o processo. Nesse mundo diverso vale tudo: filme, livro, viagem, conversa, aula, visitas inusitadas, quebras de rotina... As referências acabam sempre trazendo riqueza para a geração das ideias.

Há que se ter coragem porque expressar algo diferente, seja na dimensão que for é sempre um desafio. E muitas vezes, excelentes soluções ficam escondidinhas porque o pavor de se submeter a algum tipo de avaliação, ou o medo da crítica, ferram com a criatividade e travam o cidadão. Um ambiente seguro e aberto a escuta, livre de julgamento tende a ser um cenário interessante para boicotar a operação cagaço que se instaura por medo de rejeição ou do mico, tornando a tarefa mais leve.

Colocar a disciplina na roda também é um recurso dos bons. Afiar a mente com desafios de modo a proporcionar uma rotina de atividades acaba sendo uma boa alternativa para entender que a critividade também é exercício e que procrastinar pode ser uma forma de estressar a jornada, portanto, uma certa constância no treino pode ajudar.

Por fim, pressão na medida certa também coloca a gente de cara para o gol e nos põe a prova. Deste modo, achar saídas para as questões mais distintas se coloca como uma condição e, pode acreditar que elas vêm. O fundamental é dar um olé no cérebro para que ele abstraia dos seus atalhos rotineiros e se arremesse nas novas possibilidades. E se errar? Take it easy, só acontece porque houve a tentativa. Tire os aprendizados possíveis e bola pra frente. É só assim que a gente acerta.

Fonte: Portal ENGEPLUS / Por Lúcia Búrigo – Sócia da Bossa Experiências Criativas - Profissional de Marketing & Comunicação, Produtora e apresentadora do Varejo em Pauta -  FCDL/SC, Professora da Graduação e Pós e Coordenadora de Comunicação da CDL Criciúma.
Imagem Capa: www.hotmart.com

Veja também