Fashion Revolution: acadêmicos de Moda IFSC debatem consumo consciente

Campus Araranguá participa da semana de revolução fashion

 

A cultura do consumismo e do desperdício é tema de debate para os cursos de moda no Câmpus do IFSC de Araranguá, que se uniram ao movimento "Fashion Revolution" para conscientizar as pessoas sobre a indústria da moda e os reflexos do consumo excessivo.

No evento foi apresentado o documentário Unravel, produção de 2012 da atriz e diretora Meghna Gupta. O filme mostra a realidade das mulheres indianas que atuam na indústria de reciclagem de roupas descartadas pelo mundo ocidental e sobre a relação que elas mantêm com uma realidade que não lhes pertence.

O Fashion Revolution é um movimento criado pelo conselho global de líderes da indústria da moda sustentável que se uniram depois do desabamento do edifício de confecção de roupas Rana Plaza, em Bangladesh. O desastre ocorrido em abril de 2013 deixou 1.133 mortos e 2.5 mil feridos. 

A campanha surgiu com o objetivo de aumentar a conscientização sobre o verdadeiro custo da moda e seu impacto em todas as fases do processo de produção e consumo, mostrando ao mundo que a mudança é possível através da celebração dos envolvidos na criação de um futuro mais sustentável e criar conexões exigindo transparência.

A iniciativa surge para provocar a reflexão acerca desse questionamento, além de debater, realizar e propor ações efetivas para catalisar a força da moda para o bem. 

“Compramos a ideia de que precisamos consumir para ter sucesso, sem nos darmos conta do impacto que estamos causando. Enquanto consumidores e profissionais da Moda, temos muita responsabilidade. Por isso é importante uma instituição como o IFSC promover este tipo de discussão”, disse a professora Aline Hilsendeger a uma plateia de estudantes dos cursos técnicos e de graduação ligados à indústria da Moda no Câmpus Araranguá.

Uma das alternativas apontadas pelos debatedores foi a retomada de uma relação afetiva com as roupas, com mais cuidado em relação à origem de uma peça e menos desperdícios. O consumo consciente tem como consequência o próprio estímulo à produção local, sobre a qual o consumidor tem mais controle quanto às condições de produção da roupa que está usando. O trabalho de designers independentes e de pequenas indústrias também deve ser valorizado. “É possível haver uma harmonia entre uma indústria de grande escala, que já existe e continuará existindo, e a alternativa representada pela produção local de pequena escala, que já vem obtendo resultados”, disse o professor Juliano.

Para mais informações sobre a campanha acesse:

http://fashionrevolution.org/

Fotos: IFSC e Fashion Revolution

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