Rinite Alérgica: saiba como enfrentá-la com as baixas temperaturas

Esta doença respiratória manifesta-se mais durante o inverno, mas atitudes certas e comportamento saudável podem amenizar os sintomas

A rinite alérgica, doença inflamatória da mucosa nasal, é um problema crônico que tende a aparecer mais  durante o inverno devido às condições naturais do clima, e tende a piorar com certos hábitos criados pelas próprias pessoas dentro de suas casas, mantendo totalmente fechadas janelas e portas quando as temperaturas baixam.

 

Além disso, o sedentarismo assume o lugar da disposição e realização de esportes. O clima e essas posturas da população resultam no crescente agravamento dos sintomas, como coriza, secreção e obstrução nasal. 

 

Aliado a estes fatores está o desconhecimento a respeito da rinite. De acordo com o otorrinolaringologista, André Ceccon, muitas pessoas alérgicas vêm ao consultório dizendo que estão gripadas há meses, mas na verdade apresentam sintomas alérgicos e não sabiam.

 

“Os sintomas da rinite estão mais localizados na via área superior, formada pelo nariz, a ligação deste ao ouvido, e na faringe. A pessoa apresenta coceira na garganta, nos olhos e nos ouvidos e muitos espirros. O que diferencia a gripe da rinite são os sintomas: o paciente quando está gripado tem febre, mal-estar, vontade de ficar deitado. Outra diferença é o tempo de evolução: a rinite dura enquanto o causador da irritação persistir. Se a pessoa for alérgica a frio ou a mofo, que é o mais comum, terá os sintomas durante o período do inverno inteiro, o que é diferente do sintoma gripal que tem um tempo de vida estabelecido: a gripe dura cerca de dez dias”, esclarece.

 

Segundo Ceccon, a rinite é uma reação de sensibilidade exagerada, ou seja, se uma pessoa alérgica entra em contato com a poeira, mesmo depois de não estar mais próxima a esse agente, ela continuará espirrando. Outra característica da doença é o caráter multifatorial, pois pode se originar de elementos como fungos, pólen, mofo, cigarro, produtos de limpeza e perfumes. Para amenizar os sintomas, o paciente deve realizar um tratamento junto ao seu médico, que será baseado na prescrição de medicamentos e na mudança da atmosfera do ambiente onde vive.

 

No primeiro caso, o especialista pesquisa a origem da rinite, examina o paciente e inicia o tratamento. Em caso de um quadro mais grave, são indicados antibióticos que são usados no combate às complicações dos sintomas alérgicos causados por infecções secundárias. Uma questão importante, levantada pelo Dr. Ceccon, é a prática da automedicação que, ao invés de solucionar o mal-estar causado pela rinite, pode resultar em outros problemas.

 

“A automedicação envolve alguns riscos, existem antigripais que podem causar sono ou aumentar - se a pessoa já tem – a pressão alta. O paciente tem o problema de pressão e vem tratando. Então, acha que está gripado, vai à farmácia, pede um antigripal e passa a usar o remédio, que vai piorar o tratamento em realização.", ressalta.

 

Além de remédios, de acordo com o otorrinolaringologista, há vacinas para tratar a rinite, porém é reservada para casos específicos. “Esse tipo de tratamento, a imunoterapia, é como se déssemos doses de poeira para a pessoa acostumar o corpo ao contato. Não é uma opção terapêutica comprovadamente curativa, depende da resposta de cada pessoa e do ambiente onde se encontra”, explica ele.

 

Já a outra face do tratamento, relativo à mudança no ambiente, é o conjunto de medidas que contribuem para o bem-estar de quem sofre com a rinite, tais como, na hora da limpeza da casa, trocar a vassoura por um pano úmido, evitar cobertor com pêlo, acúmulo de poeira nos quartos, retirar cortinas e objetos como bichos de pelúcia, principalmente aos jovens que sofrem com essa doença.

 

Junto a essas ações, está a prática de exercícios e uma boa alimentação, que vão ajudar a manter a saúde mesmo com as adversidades do tempo e a correria do dia a dia. “Na rua, deve-se cuidar do corpo, protegendo do frio, manter uma atividade física regular e uma alimentação equilibrada, o que se preconiza para ter uma vida saudável. Os esportes em locais secos e ambientes fechados, em academias - aeróbica, ginástica, tênis e futebol - para que a pessoa queime calorias são os preferenciais”, lembra o doutor.

 

Mesmo sem uma cura, pessoas que têm rinite alérgica não precisam sofrer tanto com a chegada do inverno ou primavera, se tomarem medidas e cuidados para o bem da própria saúde e seguirem corretamente as recomendações médicas.

 

“Vários fatores influenciam na rinite alérgica, por isso, é necessário consultar um médico que irá analisar caso a caso e realizar um tratamento individual para cada pessoa. No tratamento da alergia preconiza-se orientar o paciente para saber o que fazer nas horas de emergência, porque os sintomas são algo que eventualmente ele terá de enfrentar novamente, assim como os agentes causadores da alergia, como o frio, por exemplo”, complementa o Dr. André Ceccon.

  

O otorrinolaringologista André Ceccon atende no consultório localizado no Centro Executivo de Araranguá, na R.Caetano Lummertz, número 456, sala 309, em frente ao Giassi do Centro. O telefone para contato é (48) 3524-3218.

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