Unesc entrega título “Honoris Causa” para ministro Fernando Haddad

O ministro da Educação, professor Doutor Fernando Haddad se intitula agora como “Doutor Honoris Causa” na área de Ciências Humanas, condecoração esta concedida pela Unesc na manhã de 16 de junho, durante solenidade no auditório Ruy Hülse, em comemoração aos 43 anos de fundação, que esteve lotado por políticos, professores e estudantes.
Este título é a mais alta condecoração outorgada por uma universidade, que significa “por causa de honra” destinada a pessoas eminentes no meio social. A escolha do ministro pelo Consu (Conselho Universitário) da Unesc é devido aos estudos, trabalhos e ações dele em prol da educação brasileira, sendo parte integrante para a expansão dos programas Prouni, FIES e a reformulação do Enem.
Ações estas do governo federal, que segundo o reitor Gildo Volpatto são aderidas pela Unesc, atualmente com 1.500 alunos pelo Prouni, por estar diretamente ligado ao caráter social da universidade, que mesmo sendo uma instituição privada tem objetivos comunitários e de acordo com ele, a Unesc defende a democratização do conhecimento, por isso, oferece vários tipos de bolsas de estudos a alunos carentes.
Fernando Haddad tem graduação em Direito, mestre em economia e doutor em filosofia, com esta lista intelectual atuou como professor universitário na USP até 2003, quando foi cedido ao Ministério da Educação. Durante seu discurso, Haddad fez questão de se anunciar como professor e defensor incondicional do piso do magistério quando recebeu documento dos professores estaduais, em greve há mais de um mês.
Para ele, o Brasil tem uma dívida com a educação, porque falta maior seriedade com o assunto no país. “Esta manifestação de greve serve para colocar o magistério em um novo patamar. Mesmo o país se desenvolvendo, várias campanhas nacionais são feitas e os governantes deixam de debater mais sobre a educação. Agora é correr atrás do prejuízo, que durante séculos o país virou as costas para este ramo, sem investir o que deveria”.
Estes investimentos para a educação brasileira, de acordo com Haddad, são de apenas 2% do PIB (Produto Interno Bruto), o que para o ministro deveria haver mais atenção tanto para a melhoria do ensino, quanto para a carreira docente: “acredito que a profissão mais importante que o país tem é educar pessoas. Ainda falta muito para melhorar, mas tenho esperança que enfrentaremos o desafio, porque investir no setor educativo é o que dá mais retorno para avançar em todas as outras áreas”.
Haddad diz que o Brasil precisa reconhecer quando grupos de brasileiros realizam empreendimentos educacionais, como foi a criação da Unesc. E sente-se ainda mais homenageado, enquanto professor, em saber quando algum aluno se forma através do Prouni ou FIES. Um avanço observado pelo acréscimo de 3,5 milhões de matrículas no ensino superior para 6 milhões, em oito anos de governo, disse.
Fizeram parte da mesa de autoridades o ministro da Articulação Política, Cláudio Vignatti, representando a presidente Dilma; vice-governador Eduardo Moreira, prefeito Clésio Salvaro, reitor Gildo Volpatto e o vice-reitor da Unesc, Márcio Fiori e demais representantes. Para simbolizar o título honorífico, coube ao vice-reitor, fazer a apresentação do homenageado e a pró-reitora de ensino, professora mestre Robinalva Ferreira, colocar a pelerine (capa) no ministro.